sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A morte

Jogados a pena e o papel
sobre a laje fria da mesa;
pedaços soltos de cordel
escondem a sonhada pureza.

Algumas frustradas tentativas,
sobre este pedaço de papiro,
de tecer a trajetória, na correta assertiva,
de uma vida em seu último suspiro.

Tanto tempo para curar as mazelas
e só as vejo neste derradeiro instante.
Oh! Por que não olhei pelas janelas?
Por que me portei como este infante?

Agora nestes últimos lançados soluços
me arrependo do bem que não fiz.
Acabou! Pararam meus pulsos.
Descanse agora, ser infeliz.

{Rafael Lucas Pires}

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